Afinal, ninguém nunca sabe o que é ou já foi...
E aquele que detém o maior conhecimento de si
Também é o detentor das maiores incertezas.
Neste mundo de mentiras
Onde os lúcidos são sobrepujados pelos tolos
Vagas não há...
Para o justo, o sincero e o que se preocupa...
Com o rumo que as coisas andam...
Com a estranheza individual perante ao mundo.
Meu “sair de mim” é sentimento de estranheza
Como o andar solitário de um marciano em solo venusiano
Na guerra sanguinolenta não existem bases para o amor.
Então o vazio se imiscui em frascos que parecem ter conteúdo
Para verificar que no fundo eram mais vazios que ele próprio.
Logo tenta se misturar ao ar...
Pelo menos ali parece haver alguma liberdade.
Mas essa possibilidade de ir e vir quando quiser
Não tem muito sentido quando não há um lugar certo para ir...
Tanto mais se não há um roteiro predefinido e mesmo assim se segue...
Tornar-se perdido é uma questão de tempo...
Já que uma nau vagando em mares desconhecidos
Dificilmente encontrará suas Índias, mesmo estas na verdade sendo Américas...
(Do norte, centro e sul... A rosa dos ventos não tem o perfume que exala na brisa suava da manhã...).
É preciso então um plano...
Mas planos são facilmente derrotados pelo imprevisível
E nem mesmo os gurus que dizem tudo ver na obscuridade do que vai ser
Podem revelar que o amanhã será de fato o que se viu numa bola de cristal.

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