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terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Loucura .

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Desvio de conduta social? Doença mental? Estado de espírito elevado? Fuga da realidade?

De algum modo cada um dessas sugestões pode caracterizar o que se concebe como loucura.
Deste modo, acaba por despertar em nós fascínio e medo. Prova disso são suas representações nas artes e cultura.

Loucura e Cultura

Na Antiguidade, a loucura era considera uma manifestação divina, principalmente no que refere à epilepsia. Um desmaio ocorrido num comício, por exemplo, indicaria uma intervenção dos deuses. Significava que os ali presentes não deveriam crer no que o orador dizia.
Na Idade Média era associada a espíritos diabólicos, a magia ou bruxaria.
A partir do século XIX são criados os primeiros manicômios modernos com intuito de tratar os males da “mente”.
Foucault considera o manicômio um lugar em que é pratica a exclusão e coerção social. Com o pressuposto de curar a doença mental os indivíduos são encarcerados e mantidos sob controle, uma vez que não são capazes de se adequar as normas estabelecidas pelo meio social.

É elementar que sob a perspectiva cultural, a loucura é apenas caracterizada a partir do momento em que uma determinada sociedade a estabelece como tal. Ou seja, o comportamento de um indivíduo só é considerado como insano se aqueles com os quais convivem não o aceitam como adequado.


Arte e Loucura





Alan Moore na clássica HQ “A Piada Mortal”, demonstra uma idéia de loucura como condição quase limítrofe com aquilo que é tido como normalidade.
Nesta história, o Curinga tenta provar para Batman que qualquer um pode “pirar” de vez. Basta ter um dia ruim. Deste modo, invade a casa dos Gordon. Atira e deixa paraplégica Bárbara (a antiga Batgirl), filha do Comissário, e o captura. Então o tortura e exibe cenas em que aparentemente violenta sua filha. A intenção de Curinga é fazer o mais cruel terror psicológico, objetivando tirar Gordon da razão e enfurecer o Homem-Morcego.
Batman tenta então resgatar Gordon e prender Curinga.
No final (se você não leu, pule este parágrafo.. hehe), o herói quase transcende a linha, porém tenta dialogar com o vilão para ver se há possibilidade de ajudá-lo a lidar com sua insanidade. O mesmo diz que já tarde para isso e então conta uma piada sobre dois loucos. Batman tenta de início conter a risada, mas acaba gargalhando junto com o violão, num desfecho que chega a ser perturbador.

Por sua vez, na música “Balada do Louco”, dos Mutantes, a loucura é caracterizada como estado superior. O louco pode ser quem quiser: Alain Delon, Napoleão e até mesmo Deus. Pode voar e tem presença garantida no céu. Pode criar um mundo próprio e esquecer da realidade, se esta não lhe for muito agradável. E lhe dizem que são o louco responde: “Louco é quem me diz”.



No filme brasileiro “Bicho de Sete Cabeças”, o personagem principal interpretado por Rodrigo Santoro é internado num manicômio por seu pai, após encontrar maconha junto a pertences do filho. Os medicamentos fortes e o tratamento violento, incluindo aí eletro-choque, acabam por interferir na sanidade mental do personagem.
Interessante no filme é o fato de retratar a exclusão social do louco. Ali mostrado como um ser que vive à margem, escondido entre atrás dos muros de sanatórios e pouco respeitado pelos tidos como “normais”.




Já o filme “Uma Mente Brilhante”, nos conta uma trama inspirada na história real do matemático John Nash, ganhador do prêmio Nobel de Economia em 1994. Nash sofria de esquizofrenia paranóica. Via amigos imaginários e se sentia perseguido por agentes do governo, o qual segundo sua mente haveria trabalhado em projetos secretos.
Durante boa parte do filme as visões de Nash são apresentadas como reais e só no decorrer do filme que se pode ver que na verdade ele sofria desse mal.
Notável é que mesmo esquizofrênico, o professor ainda é um gênio das exatas. O período em que não consegue trabalhar é resultado dos medicamentos e não da doença. (O que condiz com observações de psiquiatras que dizem que tal doença não interfere no QI do enfermo, apenas em faculdades cognitivas e na capacidade de abstração pensamento).

O questionamento que fica, pelo menos de minha parte: “O quanto que nós vivemos (mesmo não sendo paranóicos) não seria de fato pura imaginação? Obra de nossas cabeças?”

De fato, existem inúmeras outras obras artísticas e formas culturais em que é caracterizada a loucura.
O que quis demonstrar é que a loucura está efetivamente em nossas mentes. Quer sejamos considerados sãos ou doentes mentais. Todos temos desejos os quais ocultamos para nos inserirmos num círculo em que está circunscrita a normalidade.
O que nos diferencia dos caracterizados loucos, na maior parte das vezes, é simplesmente nossa capacidade de manifestar esses desejos secretamente ou mantê-los ali guardados, mesmo que neste último caso estejam sujeitos a explodirem a qualquer momento.

E se não concorda com nada disso, o que posso dizer?
Bem... Diz o ditado que o pior maluco é aquele que não se reconhece como tal...

20 FORAM LEGAIS E OPINARAM:

Mr. Andrógyni-# disse...

TODOS TEMOS ALGUM TIPO DO INSANIDADE, E PRESCIZAMOS DE PELOMENOS 5 MINUTOS DE LOUCURA DIARIA, MAS ALGUÉM ESQUECEU DE ME FALAR QUE HORA ACABA ESSES 5 MIN.
A LOUCURA FAZ PARTE DE SER HUMANO, E EU EM PARTICULAR, ADORO A ESQUIZOFRENIA !!!!

http://dupladameianoite.blogspot.com/

Unknown disse...

a loucura sempre nos acompanha basta querermos mostra-la ou não

Diego Moretto disse...

Tbm acho que convivemos com a loucura em nossa dia-a-dia. Ninguem eh absolutamente 100% normal em sua capacidade mental De louco cada um tem um pouco não é? Pois é, não é toa q ela eh inserida em várias formas de arte. Abraço.

Nat Valarini disse...

Bom dia!

Agradeço pela atenção que tem dado ao meu blog e também a mim. Saiba que fico feliz em ter meu trabalho reconhecido por um blogueiro tão bom quanto vc, vice?

hihihi...

Sobre a tua postagem, ouço muita gente dizer que 'De médico e louco todo mundo tem um pouco'.

Eu prefiro ser mais pé no chão. Não acredito que todos tenham a loucura dentro de si. Mas eu creio que todos nós, em algum momento da vida, estamos suscetíveis ao estado de loucura.

A linha que a separa da sanidade é muito fina e pode ser rompida a qualquer instante... por isso me senti fascinada pelo trabalho de Allan Moore que vc citou (o qual não li, ainda!).

Adorei o texto, acho que vc foi muito feliz em escolher o assunto e em abordá-lo com exemplos tão diversos.

Kiso
=*

http://garotapendurada.blogspot.com/

Vitor disse...

atire a primeira pedra aquele que nunca teve alguma tese paranóica da vida. Todos, alguma vez, já nos perguntamos se eramos adotados, já viajamos se existem outros tipos de vidas... A loucura, se assim pode dizer, só é a expressão máxima do excesso de pensar. Ou seja, blogueiros como você, meu caro, são loucos.

Loucura é inteligência em demasia, ou inteligência absorvida em demasia é loucura.

O Alienista mostra isso, a personagem principal, que é um médico, se vê louco por excesso de normalidade e acha os demais normais por conta de suas loucuras.

Jonas Alves disse...

Muito interessante cara locura era motivo de intervenção divina então por isso devo ser considera um deus mitologico kkk!


Muito bom fera ! parabens pela materia pq isso passa de um post!

Leandro Kerr disse...

Cara, que demais !

olha.. a loucura que é o poeta no meu caso.. eu nao escrevo nada.. mas ela manja mto ! hhahahaha

Pablo disse...

Todos nós somos insanos, nem que seja um pouco, mas sempre somos !

http://sombradaamendoeira.blogspot.com/

Pattinha disse...

dizem também que de médico e louco todos temos um pouco... e sem uma dose de loucura já imaginou como a realidade ia ser chata? :P

A'ZaF disse...

É por isso que eu falo PARANÓIA E LUCIDEZ é o que há...

hahahha

abraços mano diego

http://paranoiaelucidez.blogspot.com/

Anônimo disse...

legal
concordo, o post ficou otimo

Riot disse...

Em determinados momentos, muitas pessoas são tomadas pela insanidade, isso devido a alguma situação forte ou alguma pressão psicológica como foi dito.

Mas para o nosso alivio, felismente ao contrário dos restantes dos animais, fomos agraciados com o discernimento, assim aprendemos sobre o certo e o errado,e compete a nós fazermos a opção.

Engraçado - ou melhor, por coincidência, hoje assistindo ao programa Metrópolis, teve uma matéria na qual se falou sobre o escritor Alan Moore, pude ver a importância de suas palavras. Ele considera sua arte - qualquer arte de modo geral, uma magia.

Ele sabe muito bem transformar essa magia em palavras e criar textos tão fortes e realistas.


Aproveitando queria agredecer pelo comentário sobre o meu texto, recebi alguns, mas você foi uns do que realmente demonstraram interesse sobre o que quis demonstrar. Obrigado mesmo. Obrigado mais uma vez por ter tornado seguidor do Rockeriot.

Sucesso!

Pattinha disse...

Ah vou te linkar oks?
Obrigada pelo comentário :)

Riot disse...

Gostaria sim, o código do meu banner está la no Rockeriot. Só não consegui encontrar o seu aqui para linkar.

Danilo Cattani disse...

Cara, gostei do blog.. depois vou ler com mais atenção tudo.

falou

Thiago Sampaio disse...

Excelente texto, muito informativo. Tenho uma dose elefantal de insanidade, loucura, e delírio, acho que isso me mantem vivo.

Como eu sempre digo, consegui minha insanidade cortejando o equilíbrio.



PS.: Como vc pediu para avisar, já postei a segunda parte, espero que goste e comente.


http://surupanganews.blogspot.com

Diego Leão disse...

teste .

carolina abdalla disse...

muito bom post :). creio que todos temos uma certa dose de loucura, basta alguma coisa disperta-la. gstei daqui, beiijo

Riot disse...

Vlw cara, já postei o seu banner no Rockeriot também.

Sucesso!

¢auê. disse...

aranhamovel?
asuhsuasuashuashasuh
q nada a ver pra q o homem aranha precisaria de carro?
teh mais

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